4 fatos que podem fazer Fear The Walking Dead superior à produção original

Em 2003, de forma despretensiosa, Robert Kirkman começou uma saga de quadrinhos que daria origem a uma das séries de televisão mais famosas de todos os tempos, The Walking Dead.

Em 2010, depois de ter apresentado ao mundo um enredo que foca no drama pessoal dos personagens inseridos em um apocalipse zumbi, tornou-se peça fundamental da produção televisiva, sendo produtor executivo, adaptando o roteiro da HQ e inovando ao mesmo tempo. Na bagagem, a marca The Walking Dead possui uma história em quadrinhos, que segue firme e forte até hoje, um seriado de TV, games e livros, e agora, um spin-off derivado da série original.

E o artigo de hoje fala justamente sobre esse spin-off, Fear The Walking Dead, e as possíveis razões as quais a série derivada pode se tornar um sucesso superior à produção original a médio prazo.

1 – Atores mais conhecidos

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Hoje o mundo inteiro conhece os atores que dão vida aos personagens de The Walking Dead, e seguramente todos ali inseridos estão fazendo os papéis de suas vidas. Mas quando o elenco começou a ser escalado, nenhum nome obteve uma grande repercussão, pois apesar de Andrew Lincoln e Norman Reedus, por exemplo, já terem trabalhado em filmes e em outras produções, no fim, eram apostas baratas para o seriado.

Já no caso de Fear The Walking Dead, vemos rostos mais conhecidos, que, apesar de não serem atores indicados ao Oscar, ao menos são competentes. Cliff Curtis e Kim Dickens, por exemplo, já participaram de diversos filmes com certo destaque, e são inegavelmente bons atores, e esse é um ponto de partida positivo para o spin-off.

Também fazem parte do elenco Alycia Debnam-Carey, que já atuou em ‘The 100’ e ‘Olho do Tornado’, Frank Dillane, mais conhecido por interpretar Tom Riddle em ‘Harry Potter e o Enigma do Príncipe’, Elizabeth Rodriguez, que trabalhou em ‘Law & Order’ e ‘Orange Is The New Black’, e Sandrine Holt, que recentemente foi uma das protagonistas da série ‘Hostages’, e já participou também de ‘24 Horas’ e ‘Resident Evil’. Eles possuem bons currículos quando se trata de televisão, e particularmente, gosto de todos os atores citados até agora para o elenco regular, basta agora haver a comprovação de sua competência em frente às câmeras.

2 – Ambiente que abre novas possibilidades

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A série original se passa em locais mais rurais, e mesmo em Alexandria, Washington, local onde Rick e os outros estão no momento, os lugares escolhidos para restabelecer a condição humana são mais retirados, predominantemente no interior do estado.

Se a Georgia tem algo em torno de 10 milhões de habitantes, e Washington cerca de 8 milhões, imaginem a dificuldade de enfrentar a epidemia na Califórnia, com seus 40 milhões de habitantes, aproximadamente.

Adicione um número maior de inimigos a um ambiente urbano, que notadamente é mais difícil de lidar, visto Rick no piloto da série, menos saídas e rotas de fuga, um clima muito mais quente, que certamente fará nossos heróis consumirem mais líquidos, o que não é bom dada a dificuldade de encontrar água, ainda mais potável, e um desconhecimento total do que está acontecendo, tem-se aí possibilidades novas, e potencialmente muito mais interessante do que a série original.

Outro ponto que deve ser explorado, para o bem da série, é a relação humana quando o apocalipse eclodir. Se em The Walking Dead tememos muito mais os humanos do que os mortos, imaginem esse temor proporcional à população da Califórnia. Será épico, e devastador, assim esperamos.

3 – Os fãs compram as ideias do universo The Walking Dead

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Outro ponto que certamente vai ajudar a nova produção é o engajamento dos fãs de The Walking Dead. Os livros vendem bem, os quadrinhos continuam a fazer sucesso, os games da Telltale são verdadeiras obras-primas, e a série original tem números assombrosos na audiência americana, mesmo quando compete com outros grandes eventos.

Sim, há aquela desconfiança sobre o que não conhecemos, mas o ponto importante a destacar é a visão arrojada da AMC, Kirkman e equipe, pois não esperaram seu carro chefe decair para tentar expandir. E apesar da liberdade criativa, o rumo de Rick Grimes certamente limitou algumas ações de narrativa, que agora podem ser executadas.

E qual a razão dos fãs comprarem quase sempre tudo que sai do universo The Walking Dead? Muito simples, porque o Kirkman respeita sua obra e seus seguidores, e isso se torna um produto de qualidade no fim das contas.

4 – Kirkman, AMC e equipe estão mais experientes

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Talvez o principal motivo pelo qual acho que Fear The Walking Dead poderá competir com The Walking Dead, se não superá-la, a curto/médio prazo. A AMC sabe como fazer boas séries, e todos os envolvidos, diretores, produtores e roteiristas, aprenderem com as falhas da obra original e, possivelmente, os erros serão minimizados.

O plot é diferente e pode dar muito certo, ou muito errado, mas dentro de uma linha temporal de roteiro, a tendência é que os erros sejam menores. Ou seja, tudo que deu errado em The Walking Dead, tanto na questão de roteiro, técnicas de filmagens, alívios cômicos, diálogos dramáticos, momentos de raiva, alegria, tristeza, trilha sonora, ambientação, fotografia, figurino, enfim, tudo, pode ser otimizado. Se isso vai acontecer, aí é outra história.

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Quais suas expectativas sobre Fear The Walking Dead? Deixe nos comentários suas percepções até o momento.


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Fernando Floriano
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