The Walking Dead 5ª Temporada: Andrew J. West fala sobre o passado de Gareth

ALERTA DE SPOILER: Este artigo contém informações sobre o primeiro episódio da 5ª temporada de The Walking Dead.

Sem sombra de dúvidas o pessoal de Terminus é uma ameaça. Mas como eles chegaram àquele ponto? Através dos flashbacks do episódio de estreia da 5ª temporada de The Walking Dead descobrimos que originalmente Gareth e companhia realmente eram pessoas bem intencionadas até que uma invasão por outro grupo os forçou a ver o mundo de outra maneira.

Andrew J. West, ator que interpreta Gareth, fala um pouco sobre o passado de seu personagem para o site EW.

Devo dizer que você tem uma falha na segurança de Terminus, senhor.
Sim, um pouquinho. Acho que é uma maneira de definir a situação. Com certeza. Meio chocante, não é? Eu mesmo fiquei um pouco atordoado. Obviamente eu li o roteiro e sabia o que havia acontecido, mas depois de assistir a cena fiquei completamente vidrado. Tive que ficar digerindo os acontecimentos um instante.

Robert Kirkman ficou avisando o tempo todo, dizendo “Aqueles poucos minutos iniciais terão muita ação e responderão muita coisa,” e ele não estava brincando.
Eles não estavam de brincadeira, né? Digo, aquilo também foi uma das coisas mais surpreendentes para mim, mesmo quando eu li o roteiro pela primeira vez, gravando durante a primavera e vendo quão rápido eles desenvolvem as coisas e começam a progredir na história. Você sabe que o ritmo da história foi rápido, mas o episódio em si também estava frenético, o que me surpreendeu bastante. E ao ler o roteiro você tem uma noção de quanta ação vai rolar ou quão intenso vai ser, mas você nunca sabe realmente até ver o episódio. E fiquei chocado depois de assistir.

Há esse flashback que mostra como Gareth se tornou esse líder frio e calculista. Começa com ele preso dentro do vagão após ter convidado pessoas para Terminus com boas intenções e então eles dominaram o local. Como foi gravar aquela história e explicar essa transição?
Aquilo foi imensamente útil para mim. Ao começar a trabalhar no final da 4ª temporada, eu sabia muito pouco sobre o personagem. Como eu havia dito em outra entrevista, quando consegui o papel eu sequer sabia o nome do personagem, já que as medidas de segurança da série são muito rigorosas. Então ler esse primeiro roteiro e filmar esses flashbacks foi extremamente útil porque recebi mais informações sobre o passado. Me ajudou a compreender de onde esse cara veio, o quão complicado ele é e como ele desenvolveu a filosofia dele e essa abordagem sobre a vida nesse novo mundo. E aquelas cenas foram meio aterrorizantes de se filmar. O ator que eles contrataram para jogar minha mãe dentro do vagão e bater no meu rosto era simplesmente fantástico e assustador. Então eu nem tive que interpretar muito. [Risos] Eu estava bem assustado.

Bem, você era o gado e suponho que decidiu se tornar o açougueiro, certo?
Certamente, essa é a ideia.

Porém creio que você pode ter interpretado essa analogia do açougueiro de maneiro um pouco literal demais.
Sim, talvez. Você vai ter que perguntar isso para o Scott Gimple.

Bem, Scott Gimple, o produtor, realmente dá somente as informações que você precisa saber, como você mencionou antes, sequer te dizendo o nome do seu personagem inicialmente. Conte como foi sua conversa com ele sobre a estrutura do flashback e ser capaz de preencher algumas das lacunas com aquilo.
Sim, nós conversamos por telefone cerca de uma semana, eu acho, antes de começar a produção desta nova temporada e novamente ele não me disse muita coisa antes de eu realmente ver o roteiro. Ele só disse, “Veremos um pouco do passado, veremos um pouco sobre a origem destes personagens e como eles chegaram a esta situação e por que eles estão fazendo essas coisas”. E foi isso. E então ele simplesmente me deixou ler o roteiro e digerir aquilo e então nós continuamos a conversar durante as filmagens do primeiro episódio. Scott é ótimo. Ele tem uma habilidade fantástica em te dizer tudo o que você precisa para trabalhar bem e mais nada além disso. E não há nada que você não consiga solucionar sozinho lendo o roteiro. Ele é um mestre nisso. Ele é um mestre em ajudar as pessoas com quem ele trabalha, mas também mantendo a segurança do material da série.

Vamos falar sobre como é trabalhar com o outro Andrew [Lincoln, que interpreta Rick Grimes]. Fale sobre aquele momento em que você entra – é quase o fim da linha para ele e seus companheiros – e Gareth tem aquela grande cena com ele e Lawrence [Bob] e os outros.
Ele é tão intenso. E é um pouco desconcertante, porque ele é simplesmente a pessoa mais legal e adorável na vida real, ele sempre tem um sorriso para você e ele sempre te cumprimenta de maneira calorosa quando você chega ao set de manhã.

Mas quando estamos trabalhando, é um mundo completamente diferente e aquela cena no começo do episódio de estreia, quando Rick e companhia estão ajoelhados na frente do cocho, nós nos preparávamos para filmar aquela cena e estávamos ajoelhados ali, na frente um do outro, e Andy ficava me olhando – tipo um olhar mortal. E até mesmo dizia algumas coisas antes da cena começar. Coisas que talvez eu não possa repetir aqui, mas sabe, basicamente tentando me intimidar. E é meio que um método de abordagem, mas você tem que fazer uma cena intensa. E o interessante nisso tudo é que mesmo enquanto fazíamos a cena e eu meio que estava lhe interrogando para descobrir mais informações e o jeito que ele me olhava enquanto dizia “Isso é o que eu vou usar para te matar” – eu acreditei nele. Eu fiquei um pouco intimidado. É meio difícil não ficar.

E não há nada de errado nisso. Gareth é certamente um cara forte, sabe, ele é um cara confiante, ele sabe que está no controle, mas ao mesmo tempo ele é um ser humano. Então, quando você é confrontado por alguém muito forte, muito confiante e muito engenhoso, como você sabe que Rick é, então é normal haver um pouco de intimidação, sabe, ou talvez um pouquinho de dúvida ou talvez um “Tenho realmente que ficar de olho nesse cara.” E eu senti um pouco aquilo, e não estou nem falando sobre Gareth como personagem, falo de mim mesmo, enquanto fazíamos a cena. E acho bom sentir essas coisas. Você quer concentrar tudo aquilo na cena tanto quando possível. E tudo isso vem de levar as coisas tão a sério, Andy Lincoln ser tão intenso e mergulhar por completo naquela cena faz você fazer o mesmo também.

Quando vou ao set, tento evitá-lo porque ele fica lá sentado esmurrando concreto com as mãos e coisas assim então eu fico fora do caminho dele.
Ele meio que faz algumas coisas estranhas às vezes, tipo uma dança da chuva. Não sei o que ele está fazendo. Ele fica fazendo alguns movimentos com a mão e coisas assim. Adoro isso. Isso realmente cria uma atmosfera brincalhona – não no sentido de leveza, mas no sentido de “Estamos aqui para interpretar esses personagens, para interpretar essas cenas imaginárias nesse mundo”. Realmente cria aquele ambiente e te faz perder qualquer tipo de inibição. É ótimo ver o ator principal ir lá e criar essa ideia – isso é imensamente importante. Isso significa muito vindo dele.

Vimos claramente você levar um tiro, mas meio que atingiu a região do ombro. Também vimos algumas cenas suas no trailer da 5ª temporada que não apareceram no episódio de estreia, então parece que aquela não foi a última aparição de Gareth.
Espero que não. Tudo indica que talvez Gareth faça outra aparição mais para frente. Certamente é o que parece. Vemos algumas coisas no trailer e espero que isso signifique que não é o fim para Gareth.

Na outra semana você esteve na grande festa de estreia em Los Angeles. Como foi toda aquela experiência de assistir a série com uma grande audiência?
Ah, foi fantástico. Eu estive em algumas estreias de filmes, sabe. Nunca estive na estreia de uma série tão tremendamente bem sucedida. Então foi uma experiência nova e fiquei impressionado com isso. Parecia estreia de um filme arrasa-quarteirão desses que saem no verão. Fiquei extasiado com o apoio dos fãs e como eles estavam animados para a nova temporada. Os fãs são mesmo os mais dedicados eu já conheci. Especialmente com um personagem como o meu, que é novo na série e já começa com um pouco de tensão com os personagens mais queridos, fiquei surpreso com o apoio que as pessoas deram para mim e para o personagem.

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Kelly Ribeiro
Kelly Ribeiro
Kelly Ribeiro é co-fundadora, editora-chefe, redatora e gerente de comunidades do Geekdama. Com formação em Comunicação Social e Cinema Digital, além de especializações em Marketing e Jornalismo Digital, Kelly supervisiona a produção de conteúdo do portal. Em 2022 foi uma das selecionadas no programa Aceleradora de Comunidades da Meta.

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