Daryl Dixon: Humano ou idiota?

Um dos personagens mais queridos (e motivo de algumas das ofensas mais cabulosas que eu já ouvi na vida), Daryl Dixon, foi um dos destaques do 6º episódio da 6ª temporada de The Walking Dead, por exibir, novamente, comportamentos que podem ser considerados estúpidos dentro do ambiente onde eles estão.

Compaixão, peso na consciência e timidez, se pensarmos muito bem, não são a melhor combinação de características para um mundo onde uma amizade (ou desavença) pode te matar. Vou dizer para vocês porque acredito que os sentimentos de Daryl o colocam em situações desnecessárias e por que isso pode ser o que faz dele um personagem tão querido.

Uma história de dor e carinho

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Daryl Dixon, como muito bem comentado pela Marcela na minha última matéria, também é uma das pessoas para quem o fim do mundo não foi tão ruim assim. Pelos motivos que todo mundo já sabe, ele é um bicho do mato retraído, mas com um coração enorme. O problema é o quanto isso pode ser prejudicial a ele.

E uma situação de desespero, a capacidade de comunicação pode salvar vidas (Eugene que o diga). Não ter essa capacidade e ainda se arriscar por pessoas que podem não agir da mesma forma, pela falta de um vínculo emocional que vem da… comunicação. Ou seja, apesar de tudo, Daryl é sabotado pelos seus traumas emocionais, fazendo dele um “eterno cão”, como Merle disse, pouco antes de morrer.

A tendência de amarmos os desprotegidos

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O estereótipo do herói poderoso para a ação, mas emocionalmente fragilizado, é um dos chavões mais clássicos do cinema e até da literatura. O Aragorn de Viggo Mortensen tem muito disso, o Homem-Aranha é feito disso, e se paramos para procurar, essa chaga sentimental faz com que o personagem se torne mais interessante, mais real, mais digno de ser amado.

Conscientemente ou não, Daryl Dixon foi construído com vários elementos para se tornar um personagem realmente cativante, até a escolha de Norman Reedus, que tem cara de um integrante de boy band crescido (tá duvidando? Tem um rapaz no One Direction que tem a cara dele) e consegue passar com contundente convicção essas nuances sentimentais, que são a parte mais complexa do personagem.

Com o Glenn possivelmente morto, sem dúvida teríamos um Daryl ainda mais interessante, mais estável e maduro, pronto para qualquer destino que a série reserve para ele.


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Jordan Florio de Oliveira
Jordan Florio de Oliveirahttp://teiadejogos.blogspot.com.br/
Escritor, contador de histórias, repórter comunicador, playboy, gênio, filantropo... ok, esqueçam as 3 últimas. Acima de tudo, um cara que ama histórias e pretende, um dia desses, viver delas. The story must be lived before told. Outros textos

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